Construir um lugre, um navio-motor ou outro qualquer navio em madeira implicava a procura de matéria-prima própria. Devido à escassez de materiais provocado pela guerra, a madeira foi o material por excelência. Tendo sido o pinho (manso e bravo), o carvalho, o pinho do Oregon e algumas madeiras exóticas brasileiras as mais utilizadas.
A ossada (esqueleto) dos navios tem de ser formada por madeiras duras e resistentes. Assim sendo, para o cavername foi escolhido o carvalho, utilizado também noutras aplicações onde a sua capacidade de resistência é necessária: contra-roda, coral da proa, braços das cavernas etc.
Esta Magnífica frota começou a ser construída em 1936, aquando do lançamento à água do famoso lugre “Brites”, e só parou de crescer em 1960 quando o casco do navio-motor “Rainha Santa” desceu a carreira de lançamento da Gafanha da Nazaré. Pelo meio foram construídos cerca de 70 novos magníficos navios, e mais alguns bons navios foram comprados em segunda mão.
As características dos novos Lugres (17 navios do tipo “Brites”):
Deslocamento médio (500 – 700 toneladas brutas)
Câmaras frigoríficas / Salas de TSF / Luz eléctrica
Comprimento fora a fora em média 55m
Mastros bem guindados – Pouca palha / Sem pau bujarrona (gurupés)
Caldeiras para aquecimento central / casas de banho
Tipo de proa (Colher) – Maior capacidade para armazenar carvão
Gaiúta para o timoneiro / Sala de Oficiais
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