terça-feira, 21 de maio de 2013

LUGRE "MARIA DAS FLORES"


O lugre "Maria das Flores" a navegar em algures
no Atlântico Norte com o famoso "vento de porão"
Lugre construído em 1946 na Murtosa, por José Maria Lopes de Almeida, para a Empresa Comercial e Industrial de Pesca “Pescal” Lisboa.
Graves problemas aconteceram no lançamento à água deste navio. Estava previsto o seu lançamento para 26 de Fevereiro de 1946, mas o mestre do estaleiro ao mandar meter na água o navio a 18 de Fevereiro desse ano, provocou o seu encalhe, por falta de condições de navegabilidade da ria, tudo isto fez com que o navio só tivesse sido safo em Maio desse ano. Ainda em Maio e depois de ter sido devidamente vistoriado, seguiu a reboque para Lisboa, onde após concluído o seu aprestamento, largou no mês seguinte para os grandes Bancos.

Características principais:

Deslocava 607 toneladas brutas, apresentava um Comprimento 50 m, uma Boca 10,30m  e  4,85m de pontal. O motor era um Crossley 340 hp.

O lugre "Maria das Flores " no plano inclinado na Murtosa
foto blogue marintimidades
Tinha uma capacidade de porão para 10 000 quintais de bacalhau. A companha era de 50 pescadores, podendo utilizar cerca de  57 dóris, com uma tripulação fixa de 11 homens. Estava equipado com um motor de propulsão de 340 H. P. ao qual se juntavam mais dois motores auxiliares: um para a câmara frigorífica, e um outro para a produção de energia eléctrica.
Este navio teve uma vida relativamente curta, veio a naufragar devido a água aberta, por não ter resistido a um forte ciclone que soprava no banco Eastern Shoals (Terra Nova), em 19.9.58, na altura era comandado por Manuel de Oliveira Vidal Júnior, natural da zona de Aveiro.
 


Infelizmente esta perda veio a juntar-se a outros quatro naufrágios, que aconteceram nesse mesmo período, tornando a campanha de 1958 a mais fatídica de sempre para a famosa “White Fleet”.

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