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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

WHITE FLEET" a FROTA que o TEMPO ESQUECEU

No final dos anos 30 do século XX, enquanto os  principais concorrentes na pesca do bacalhau  (Espanhóis, Franceses, Ingleses) investiam fortemente em grandes frotas de arrastões contruídos em aço, Portugal iniciava a construção da famosa "WHITE FLEET construída em madeira.


                                                  Arrastão espanhol "Vendaval" construído em 1928 para a PYSBE

Construir um lugre, um navio-motor ou outro qualquer navio em madeira implicava a procura de matéria-prima própria. Devido à escassez de materiais provocado pela guerra, a madeira foi o material por excelência. Tendo sido o pinho (manso e bravo), o carvalho, o pinho do Oregon e algumas madeiras exóticas brasileiras as mais utilizadas.

A ossada (esqueleto) dos navios tem de ser formada por madeiras duras e resistentes. Assim sendo, para o cavername foi escolhido o carvalho, utilizado também  noutras aplicações onde a sua capacidade de resistência é necessária: contra-roda, coral da proa, braços das cavernas etc.

Esta Magnífica frota começou a ser construída em 1936, aquando do lançamento à água do famoso lugre “Brites”, e só parou de crescer em 1960  quando o casco do navio-motor “Rainha Santa” desceu a carreira de lançamento da Gafanha da Nazaré. Pelo meio foram construídos cerca de 70 novos magníficos navios, e mais alguns bons navios foram comprados em segunda mão.
As características dos novos Lugres (17 navios do tipo “Brites”):

Deslocamento médio (500 – 700 toneladas brutas)
Câmaras frigoríficas / Salas de TSF / Luz eléctrica
Comprimento fora a fora em média 55m
Mastros bem guindados – Pouca palha / Sem pau bujarrona (gurupés)
Caldeiras para aquecimento central / casas de banho
Tipo de proa (Colher) – Maior capacidade para armazenar carvão
Gaiúta para o timoneiro / Sala de Oficiais
 

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