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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

NAVIO-MOTOR "JOÃO COSTA"



 
Navio-Motor "JoãoCosta" com parte da companha no castelo da proa
foto site museu marítimo de Ílhavo
Irmão gémeo do “Capitão Ferreira”
Construído em 1945 na Murraceira Figueira, em madeira, para a Sociedade de Pesca Luso-Brasileira Figueira .
Deslocamento: 770 toneladas / Comprimento: 47,5m /Boca: 10,40m
Pontal: 5,5m / Motor Sulzer 600 HP
Naufragou ao largo dos Açores quando regressava de mais uma campanha, em 30-09-52, devido a um incêndio na casa da máquina,consequência dum curto-circuito, que provocou uma explosão na casa das máquinas, entre os tanques de gasóleo.
Todos os 75 homens da tripulação do "João Costa" foram salvos, por vários navios mercantes, espalhados em 22 dóris,  a cerca de 60 milhas a norte da ilha de S. Miguel,  Açores, depois de terem andado á deriva, durante 6 dias naquelas águas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

NAVIO-MOTOR "ELISABETH"


O navio-motor "Elisabeth" a ser reabastecido nos
Grandes Bancos pelo navio-hospital "Gil Eannes"
foto fundação Gil Eannes
Mais um navio-motor da famosa classe “RENOVAÇÃO”.
 

Construído em 1945 na Gafanha pelos Mónicas, para o armador de Lisboa João Norberto

Gonçalves Guerra.


Principais Características:
Deslocamento: 776 toneladas / Comprimento: 53m /Boca:10,40m
Pontal: 5,85m / Motor Deutzr 600 HP

Capacidade de porão: 10.913 quintais - Tripulação: 75
Foi dado como perda total após  um grave incêndio em 18-4-70 no porto de Aveiro.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

NAVIO-MOTOR "INACIO CUNHA"


Mais um dos 17 navios da famosa classe “RENOVAÇÃO”.
Construído em 1945 na Gafanha pelos Mónicas, para a Empresa Testas e Cunha  Aveiro 




Bota-abaixo do "Inacio Cunha"
foto site Marintimidades
O novo navio-motor, ”INACIO CUNHA” fazia parte de uma importante frota de 17 navios do tipo CRCB., consequência do esforço que estava a ser levado a cabo pelo governo em colaboração com o Grémio dos Pescadores, com a finalidade de renovarem profundamente a frota de pesca de longo curso. 
 
Características principais:

 Media 52,72 metros de comprimento, fora a fora, 10, 44 m. de boca e, aproximadamente, 5, 50 m. de pontal.

Dispunha de todos os requisitos modernos, incluindo telegrafia e telefonia, muito boas instalações para a tripulação e respectiva companha (69 tripulantes e pescadores e três oficiais), dispondo de 57 dóris

"Inácio Cunha" com a bandeira na amura, nome do navio
e do país no costado, casco branco, requisitos impostos durante a  2ª guerra mundial
foto museu marítimo de Ilhavo
Deslocamento: 776 toneladas permitia-lhe um carregamento completo nos seus porões na ordem dos 12.000 quintais de bacalhau.
Motor Deutzr 600 HP porporcionava uma velocidade de cerca de 11 nós.

Depois de um percurso de mais de vinte anos de bons serviços mas cheia de aventuras e desventuras fruto do tipo de vida dura onde estava inserido, veio a naufragar na Groenlândia em 30-8-66 por motivo de incêndio.

Toda a tripulação foi recolhida a bordo do navio-motor Soto Maior, que a encaminhou mais tarde para bordo do navio-hospital Gil Eannes, a fim de ser repatriada.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

NAVIO-MOTOR "CAPITÃO FERREIRA"





"CAPITÃO FERREIRA" Fundeado Baía do Seixal
Foto Museu marítimo de Ílhavo
Mais um dos 17 navios da famosa classe “RENOVAÇÃO”.
Construído em 1945 na Murraceira Figueira da Foz, por Benjamin Bolais Mónica, para a Atlântica Companhia Portuguesa de Pesca Lisboa, na companhia do seu irmão JOÃO COSTA, este encomendado pela Sociedade de Pesca Luso-Brasileira, L.da.

Deslocamento: 770 toneladas / Comprimento: 47,5m /Boca:10,40m
Pontal: 5,5m / Motor Sulzer 600 HP
Foi convertido para a pesca de emalhar em 1974. Abatido para sucata em 1984 no Seixal



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

NAVIO-MOTOR "ANTÓNIO COUTINHO"

Um dos 17 navios da famosa classe “RENOVAÇÃO”.
Construído em 1945 na Gafanha pelos Mónicas, para a Sociedade Lisbonense da Pesca do Bacalhau
Características principais:
O "António Coutinho" em plena faina
algures nos Grandes Bancos
foto de José Leite
Como quase todos os navios da sua época o casco estava dividido em dois castelos, o da proa onde se localizava a cozinha, o rancho, e os beliches para a maioria dos pescadores. À ré, ficavam alguns beliches para pescadores, contramestre, motoristas, capitão e imediato, bem como as respectivas camarinhas do capitão e do imediato.
Capacidade de carga de 10887 Quintais (de 60 kgs) de bacalhau verde e uma tripulação de 21 homens e uma companha de 56 pescadores.

   Deslocamento: 730 toneladas / Comprimento: 46m /Boca: 10,50m
   Pontal: 5,5m / Motor Sulzer 600 HP
   Naufragou na Groenlândia em 8-9-65 por água aberta no Banco FYLLAS, na altura o navio era   comandado pelo capitão Carlos Henriques Fernandes
   Toda a tripulação foi distribuída por navios que se encontravam nas proximidades, não tendo sucedido nada de anormal à equipagem.
   Os náufragos seguiram mais tarde em avião fretado de St. John's para a Portela

LUGRE "ADÉLIA MARIA"


"Adélia Maria" fundeado nos Grandes Bancos
durante uma das suas campanhas do bacalhau
Foto de cachinare

Lugre Construído em 1948 na Gafanha da Nazaré, em madeira, por João Bolais Mónica para a Empresa Armazéns José Maria Vilarinho Aveiro.
Principais características:
Era um lugre de quatro mastros bem guindados, e com pouca palha, proa redonda, casco bem equilibrado com dois castelos bem pronunciados (proa e popa), gaiuta para proteção do timoneiro, popa cerrada.
 Deslocava 651 toneladas brutas Comprimento 53 m Boca 10,30m Motor Deutz 450 hp Com frigorífico.
 Naufragou devido a incêndio na Terra Nova em 8.8.68

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

LUGRE "BRITES"




O "BRITES" COM TODO O PANO EM CIMA
NAVEGANDO ALGURES NO ATLÂNTICO
 RUMO AOS GRANDES BANCOS
foto FUNDAÇÃO GIL EANNES
O período de 1934 a 1967 está associado a uma reorganização profunda da indústria ligada à pesca do bacalhau, feita pelo Estado Novo, designada por “Campanha do Bacalhau”
Várias foram as medidas tomadas pelos governantes da altura, sendo a Renovação da Frota uma das mais importantes, pois tinha como meta o aumento imediato das capturas, logo a redução drástica das importações.
O primeiro passo seria substituir a frota caduca e desactualizada por navios mais rendíveis e seguros (Entre 1936 e 1961 foram aumentados à frota Nacional cerca de 100 novos navios, dos quais 90% foram novas construções feitas em estaleiros nacionais), pois um decreto-lei datado de 1953 assim obrigava. Deste modo foram construídos entre 1936 e 1953, entre outros navios, 17 novos lugres, sendo o "Brites" o primeiro deste lote. Ver mais   (AQUI)


Modelo do lugre "BRITES"
Paulo Agra

Construído em 1936 na Gafanha, pelo mestre Mónica para a Empresa Brites Vaz e Irmãos Lda. Aveiro, com as melhores madeiras brasileiras, riga, carvalho e pinho manso. Bom veleiro, com mastreação bem guindada (altura) e de pouca palha (diâmetro), equipado com um motor de 300 HP, radiotelefonia e luz eléctrica.
Deslocamento : 522 tons / Comprimento: 43,07m / Boca : 10.20m / Pontal : 5,16m
Naufragou por água aberta em 1-7-66 na T. Nova
 


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

NAVIO-MOTOR "COVA DA IRIA"


"Vilas Boas" no rio Douro
foto J.Gouveia Marques
Navio a motor, anteriormente chamado “Vilas Boas”. Construído em 1944 por José Mónica nos Estaleiros da Afurada, em Vila Nova de Gaia, para Parceria Marítima do Douro, para servir como navio mercante na cabotagem

As suas principais características:
 
Registo: Porto > Nº Of.: A-130 >  Código de chamada: C.S.F.S.
Máquina: Wintherthur, 900 Bhp
Tonelagens:  Bruta 787,56  - Líquida 514,70 -Comprimento fora a fora.: 52,17 mt > Boca10,80 mt > Pontal >5,75 mt

O "Cova da Iria"  regresso campanha 49
Fotomar Matosinhos
Vendido a João Maria Vilarinho, Aveiro
Transferido e adaptado à pesca, em 1948, baptizado “Cova da Iria”.

Naufragou em 12-9-50, devido a um forte temporal ter partido a madre do leme e o cadaste, quando se encontrava já de regresso a Portugal a cerca de 700 milhas a norte dos Açores – água aberta. Toda a companha de 78 homens foi salva pelo “Inácio Cunha”. Pertencia á firma João Maria Vilarinho de Aveiro.

NAVIO-MOTOR "COMANDANTE TENREIRO"




O "Comandante Tenreiro" com as cores
dos anos 40 da 2ª guerra
Casco branco, bandeira nas amuras
Nome do navio e do país a meio costado 
O "Comandante Tenreiro" foi construído em 1943 na Murraceira, Figueira da Foz, pelo mestre Benjamim Mónica, era gémeo do "Bissaya Barreto". Foram os dois primeiros Navios-Motores tipo “Renovação” ou"CRCB" (Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau)de um grupo de 17 navios,  ver mais  ( AQUI) ambos para a empresa Lusitânia Companhia de Pesca da Figueira da Foz.
Estes navios já possuíam Luz Eléctrica Frigorífico – Aquecimento – TSF – Motor Diesel 600cv.

Naufragou em 20-6-46 T.Nova abalroado por um icebergue, tripulação salva pelo “Bissaya”.



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

NAVIO-MOTOR "BISSAYA BARRETO"


O "Bissaya Barreto" na véspera
do bota-abaixo em 1943 

O "Bissaya Barreto" foi construído em 1943 na Murraceira, Figueira da Foz, pelo mestre Benjamim Mónica, era gémeo do "Comandante Tenreiro". Foram os dois primeiros Navios-Motores tipo “Renovação” ou"CRCB" (Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau) de um grupo de 17 navios, ambos para a empresa Lusitânia Companhia de Pesca da Figueira da Foz.

Estes navios já possuíam Luz Eléctrica Frigorífico – Aquecimento – TSF – Motor Diesel 600cv.
Apresentavam dois castelos (elevações sobre o convés) proa e popa e mastros em aço, embora os cascos fossem em madeira, com um comprimento fora a fora de 51m, uma boca de 10m e com um deslocamento  bruto da ordem das 712 toneladas.

O "Bissaya Barreto" a caminho
de mais uma campanha nos anos 40
Em 12/01/1950 no seu ancoradouro de Sto. António do Vale da Piedade, no rio Douro, foi vítima de um enorme incêndio, que quase o destruiu por completo, em particular o casario à popa ficou tremendamente danificado.

Em 27/11/1951, com o nome de SÃO MAGAYO, larga do Porto com destino à Gafanha da Nazaré, onde viria a ser recuperado por um novo armador, a  Empresa de Pesca Portugal, Lda.



O "Bissaya"  já com o nome de "Paraíso" a ser reconstruído em 1955
nos estaleiros da Gafanha
Em Abril de 1955, após cuidadosa reconstrução é lançado à agua nos estaleiros dos Irmãos Mónica, Gafanha da Nazaré com o nome de PARAÍSO. Vendido de novo em 1956, passou a ser o "Rio Antuâ
 
Foi com este nome com que foi convertido para a pesca de emalhar em 1973, vindo a naufragar nesta campanha, em 5-9-73 na T.Nova devido a incêndio.