quarta-feira, 21 de novembro de 2012

LUGRE "OLIVEIRENSE"

O "Oliveirense" em Lisboa a fazer os preparativos
para mais uma campanha aos grandes bancos
Imagem (c) Fotomar, Matosinhos
O lugre-motor “Oliveirense”, um dos da minha tipologia de bacalhoeiros favorita, com a sua bela proa curvada (“de colher”), painel de popa inclinado, mastros bem guindados e com pouca palha, foi construído em madeira na Gafanha da Nazaré em 1938, por António Bolais Mónica, para a Empresa de Pesca de Bacalhau do Porto. Tinha 44m de comprimento, 10,5m de boca e 5,25m de pontal.


O "Oliveirense" no Porto
Imagem (c) Fotomar, Matosinhos
Pertenceu inicialmente à Empresa (portuense) da Pesca do Bacalhau e foi registado na capitania do porto da ‘Cidade Invicta’. Era gémeo do malogrado «Delães» e, como ele, media 44 metros de comprimento por 10,50 metros de boca e deslocava 415 tb. A sua carreira terminou dramaticamente em 10 de Agosto de 1965, quando se encontrava na zona de pesca de Virgin Rocks, na Terra Nova, na sequência de um incêndio que se declarou na casa das máquinas e que não foi possível extinguir.

 
O "Oliveirense" entra em Leixões,
no final de mais uma campanha
Imagem (c) Fotomar, Matosinhos
  A carga do «Oliveirense» -constituída, essencialmente, por 4 000 quintais de bacalhau salgado, por 190 toneladas de sal limpo e pelos pertences da equipagem- perdeu-se totalmente. O comandante do navio (capitão Mário Paulo do Bem), os 11 tripulantes e 44 pescadores salvaram-se todos nos dóris, sendo recolhidos pelo navio-motor «São Jorge», que operava nas imediações. O lugre «Oliveirense» pertencia, aquando do naufrágio, ao armador lisboeta S.N.A.B., ao qual fora vendido em 1941.


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